Cicatrizes marcam
O ritmo das noites
Em branco, no escuro
Em busca das pontes
Que liguem os cortes
Nas minhas memórias
Com as palavras certas
Que me levem p’ra longe
Daqui não se vislumbra
O mar, ondulado e brilhante
Espelho do sol, massagem à mente
Pergunto-me onde estará o vento
Quando para o tempo
Para ter tempo para voltar
Ao tempo em que era só viver
Era só respirar, sem tempo a perder
Quero recordar a criança
Que corria as horas
Batia as asas como um beija-flor
Como se não houvesse amanhã
Como quem voa por amor
Olhos despertos pela manhã
Sorri, o dia já começou
Porque não ser o agora
A hora de voltar ao que fora
E viver com vista para o amanhã
A começar pela manhã
Voar com as horas
Com um sorriso ainda
A iluminar as noites.
Comentários
Enviar um comentário