Há tanto por fazer
Falta muito para chegar
Horas enjaulado
E ainda assim a correr
Quando é que vai passar?
A minha carruagem
Leva-me para longe
Para fora deste estado
De mutilação de crenças
Só preciso de saber
Quando pára esta chuva
Sobre a minha cabeça
Tenho planos para o verão
Sol a aquecer as veias
Sangue em ebulição
Só preciso de ver
O futuro nas linhas
Destes versos sobre confusão
Nunca mais chega
Aquele dia internacional da paz
Interior, cá fora o ritmo é lento
Também, ninguém dá pela perda
De humanidade, nada satisfaz
O exigente cliente da perfeição
Parece que todos sabem
Tudo, nada a acrescentar
Eu cá não me conformo
Com a voz quando falha
Só mais um verso
Só mais um esforço
Se ao menos soubessem
Seria tão mais fácil
O país está fechado
Ninguém reparou?
Abram a porta
Ainda não passou
Abram a puta da porta
A carruagem ainda não chegou
Abram a porta
A paciência esgotou
Abram a puta da porta.
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