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"Matei-o" - Teatro

O resultado da junção de 9 monólogos da obra "crimes exemplares" de Max Aub foi este, com confissões peculiares de personagens que no fundo... só queriam sossego, coitadas... https://www.facebook.com/antonysousa10/videos/vb.100000047167396/1201844059827155/?type=2&theater

Mais 10 Filmes Que Te Podem Ter Escapado

Mr.Nobody - Com Jared Leto (Requiem for a Dream; Dallas Buyers Club) no principal papel, é um daqueles casos em que só vale a pena assistir se se estiver com a mente aberta e pronta a ser explorada ao máximo! Uma história original sobre escolhas e consequência das mesmas, ou até mesmo da consequência de uma não opção. Enquanto não escolhemos tudo permanece como possibilidade. Para quem gostar a hipótese de querer vê-lo outra vez será bem real. Para enriquecer o elenco ainda temos os contributos de Diane Kruger (Inglourious Basterds; Unknown) e Juno Temple (Killer Joe; Maleficient).

Seven Psychopaths - Uma comédia sem restrições considero que tem maior probabilidade de sucesso, não necessariamente porque tenha que existir conteúdo ordinário para tal, mas porque isso contribui para maior liberdade e normalmente maior realismo (quantas vezes não demos por nós a argumentar que determinada cena numa novela nunca seria encarada por nós com tanta suavidade?). Seven psychopaths não tem preocupações ao nível da linguagem, violência e temas que aborda, mas isso só joga a seu favor porque sobretudo o argumentista (e também realizador da fita) Martin McDonagh soube jogar com esses factores. A prova disso está no elenco que foi capaz de agregar a seu lado com um orçamento médio-baixo para este género de filme em Hollywood: Colin Farrell (In Bruges; The Way Back; Phone Booth; e mais recentemente a brilhar na 2ª temporada de True Detective), Christopher Walken (The Deer Hunter; Catch Me If You Can; Pulp Fiction), Sam Rockwell (Moon; Confessions of a Dangerous Mind; Conviction; The Way Way Back), Michael Pitt (I Origins; Boardwalk Empire; Funny Games); Woody Harrelson (True Detective; Hunger Games; Zombieland), Abbie Cornish (Limitless; RoboCop) e uma participação especial de Tom Waits!


Tracks - Mia Wasikowska (Stoker; Alice in Wonderland; The Kids are All Right; Maps to the Stars; Only Lovers Left Alive; Lawless) monopoliza as atenções em 90% deste "Tracks", o que com uma actriz ou actor qualquer seria facilmente considerado um convite ao enjoo e/ou à soneca, mas com alguém à altura da responsabilidade como é o caso da actriz australiana, o caso muda de figura. Esta é uma história verídica com base no diário de viagem escrito por Robyn Davidson (interpretada por Mia Wasikowska), que decidiu atravessar o deserto australiana apenas com 4 camelos e o seu cão, percorrendo um total de 1700 milhas! Uma história facilmente comparável com a de "Wild" protagonizado por Reese Witherspoon, mas com motivações, cenários e peripécias bem diferentes. Adam Driver (What if; While We're Young; Girls) acaba por representar a maioria dos restantes 10% de relevância no filme, com pontuais aparições da sua personagem para auxiliar Robyn na jornada que a espera, e sobretudo para resgatá-la da solidão.

Blue Valentine - Um romance puro nesta lista, mas muito muito longe de um típico romance de "domingo à tarde". Viaja entre o passado, mais concretamente quando as personagens centrais se conheceram, e o presente, onde são casados, têm uma filha e passam por uma crise conjugal. Os retratos dos dois estados de espírito, e duas fases tão distintas em idades diferentes são brilhantemente representados. Ryan Gosling (Ok respire fundo cara leitora e atente ao seu "body...of work": Stay; Half Nelson; Fracture; Lars and the Real Girl; Drive; Crazy Stupid Love; The Place Beyond the Pines, tudo filmes que valem a pena serem vistos e que têm uma marca profunda do actor) e Michelle Williams (Shutter Island; My Week With Marilyn; I'm Not There) formam o casal em causa. Uma história de duas aparentes almas gémeas que enfrentam o maior desafio na sua vida em conjunto, e vêem levantar-se as maiores questões desde que se conheceram, procurando encontrar as melhores respostas. Este não será um filme apreciado por todos por não cair na típica utopia do final mais feliz possível e de tudo se endireitar quase que por magia. Mas para quem quiser uma sequência de acções, emoções e sensações que quase parecem saídas de um documentário sobre um casal real, onde tudo é palpável e onde nos conseguimos rever em várias reacções verdadeiras e cruas como a vida que vivemos, então tem aqui uma boa oportunidade para 2 horas bem passadas!

Rudderless - Excelente estreia de William H. Macy (Shameless; Fargo) na realização de uma longa-metragem! Rudderless mostra uma perspectiva diferente de um tipo de tragédia infelizmente comum nos últimos anos, sobretudo nos Estados Unidos: um massacre numa universidade provocado por um aluno perturbado. Billy Crudup (Big Fish; Watchmen; Almost Famous) interpreta o pai desse aluno, fugindo um pouco da habitual perspectiva da vítima que sofreu por culpa de terceiros sem ter como prever a fatalidade. Terá sido uma das melhores performances do ano, pouco reconhecida por ter acontecido num filme independente de baixo orçamento, e num ano com várias excelentes prestações bastante badaladas. Anton Yelchin (Star Trek; Odd Thomas; Like Crazy; 5 to 7) tem como personagem um jovem músico que ouve a personagem de Billy Crudup tocar uma das músicas que o seu filho compôs antes de tudo desabar, e decidiu insistir na ideia de tocarem juntos sem saber de quem realmente pertencia a composição do tema, e dos temas que iam sendo propostos por Sam (Personagem de Billy Crudup). Essa parceria acaba por originar numa banda-sonora de bastante qualidade que acaba por pautar os diferentes estados de espírito que o filme nos provoca. Desde um sentido de humor assinalável, passando por esperança, até aos destroços do drama profundo. Um sólido bom filme.

It's Kind of a Funny Story - Na verdade é mesmo uma espécie de história engraçada, com bastante mais por detrás desses "acabamentos de luxo" especialmente protagonizados pelo imprevisível Zach Galifianakis (The Hangover; Birdman; Due Date). Um jovem estudante protagonizado por Keir Gilchrist (It Follows; The Stanford Prison Experiment) apercebe-se que tem tendências suicidas, e auto-interna-se na ala psiquiátrica de um hospital, pensando que seria analisado no mesmo dia e voltaria à sua vida no seguinte. Entretanto é-lhe dito que estando internado tem que permanecer pelo menos uma semana. Essa semana revela-se uma montanha-russa de sensações e experiências que irão mudar as suas perspectivas de vida, particularmente quando conhece uma rapariga da sua idade (Emma Roberts, de "The Art of Getting By"; "We're the Millers"; "Palo Alto") numa situação semelhante à dele.
Um filme que vai do drama à comédia com relativa facilidade e deixa-nos com uma sensação de satisfação quando o acabamos de ver.

I Origins - Um filme de ficção científica original. A combinação idílica para amantes de ficção. Michael Pitt (Seven Psychopaths; Funny Games; Boardwalk Empire) protagoniza esta história de amor invulgar de várias reviravoltas, sendo a última delas a mais surpreendente e intrigante. Apresenta duas visões bem diferentes de encarar o mundo por parte par amoroso, por um lado o olhar científico por parte da personagem de Michael Pitt, e por outro a crença espiritual por parte da sua mulher, personagem protagonizada por Astrid Bergés-Frisbey (Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides), e a seu favor tem o facto de explorar, através de vários diálogos interessantes e cativantes, tanto uma visão como outra, não dando como um dado adquirido qualquer uma delas. Vale a pena estar atento até depois da passagem dos créditos...

Obvious Child - Uma comédia que muito provavelmente terá passado despercebida às massas, mas que está muitíssimo bem escrita, com um humor muito próprio e afinado de cena para cena, brincando com os dramas do dia-a-dia de uma comediante algo desmotivada com o rumo da sua vida, e que enfrenta as consequências da sua irresponsabilidade. Será um filme do género do recente sucesso "Trainwreck", com o seu próprio toque pessoal, e com uma escolha menos óbvia para o papel principal, mas bastante acertada: Jenny Slate (The Longest Week; This Is War). Uma das comédias mais personalizadas e envolventes de 2014.

McFarland - Kevin Costner (Dances with the Wolves; The Guardian; The Untouchables; Robin Hood) comanda o enredo deste filme sobre perseverança, sacrifício, humildade e superação. A típica história para inspirar quem o assiste, daqueles casos em que parece que nos é infiltrada uma quantidade bastante razoável de energia e nos sentimos capazes de mais do que num dia normal. É o poder que o cinema tem! Maria Bello (Coyote Bar; Prisoners; Touch) abrilhanta o elenco que inclui vários jovens hispânicos que representam o factor "underdog" que os americanos tanto apreciam numa história.

Comet - É um daqueles filmes que ou se adora ou se odeia. Não tem uma estrutura definida, como que se teletransporta para diferentes dimensões no decorrer de 6 anos, fazendo-nos colar os pedaços de altos e baixos da relação entre a personagem de Justin Long (Accepted; Going the Distance; Die Hard 4.0), um jovem inteligente e com uma visão muito particular do que o rodeia, e a personagem protagonizada por Emmy Rossum (Shameless; You're not you; Before I disappear; The Phantom of the Opera; Mystic River), uma jovem discreta mas com muito para dizer. É na verdade uma experiência algo "esquizofrénica", mas certamente é uma história, e sobretudo uma forma de contar a história, que tão cedo não sairá da mente de quem a assistiu. Diálogos bastante ricos, um pouco ao estilo de Richard Linklater e dos seus Before Sunrise, Before Sunset e Before Midnight, sendo que desta feita o argumento e realizaçao pertencem a Sam Esmail. Ele que uns meses mais tarde viria a criar uma das séries mais marcantes e especiais dos últimos anos: Mr.Robot.

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