Tens o dedo nu, sujo Apontado a tudo Porventura no futuro Poderás mirar para um espelho Olhar bem no fundo Tens o trabalho já feito É só voltar atrás nos versos Pegares em tudo E atirares para o reflexo Encontrarás o desenho dos teus defeitos Perplexo talvez te faças esperto E te cales de uma vez com as conspirações do universo Que não és tu alerto Para ti pode ser chocante, espero No entanto que não te percas Mais no tanto que pedes e queres Que o mundo seja como tu és Mas os teus sapatos nem cabem nos meus pés Visto o colete de forças Entrego-me à ciência Nunca me irão roubar a essência Por mais que me julguem menos Do que todos à força toda Gritar mais alto não é inteligência Tenho a noção da impressão Que causa a estranheza de se ser Quem se é sem manual de instrução Por perto, dá muito trabalho descobrir Por ti, não farias nada sem ser Altamente compensado em troca Faz-me rir a hipocrisia, já me fez perder A suposta razão na verdade mais fora ...