Draw your dreams and use your imagination as the pencil.
Há palavras que não cabem na mente. Há pensamentos que só vivem se forem livres. Sendo assim, escrever pensamentos não soa a má ideia.
O resultado da junção de 9 monólogos da obra "crimes exemplares" de Max Aub foi este, com confissões peculiares de personagens que no fundo... só queriam sossego, coitadas... https://www.facebook.com/antonysousa10/videos/vb.100000047167396/1201844059827155/?type=2&theater
E tudo começou com o monólogo do repetente Jimmy Kimmel, host da cerimónia das estatuetas douradas pelo 2º ano consecutivo. Inevitável será comparar as duas introduções estando separadas por tão pouco tempo, e nessa comparação talvez a de 2018 saia a perder por ter sido menos impactante. Em 2017 com várias alusões a Donald Trump e com o bonito momento da standing ovation a Meryl Streep (também em consequência de afirmações ridículas do actual presidente norte-americano), juntando ainda a eterna "guerra" a brincar com Matt Damon, o monólogo foi bastante sólido e bem conseguido. No passado domingo foi agradável, mas mais moderado, não havendo grande utilização cómica dos últimos acontecimentos tumultuosos em Hollywood, ao contrário do que sucedeu nos globos de ouro por exemplo, com Seth Meyers.
A primeira categoria da noite trouxe consigo logo um dos highlights da noite, Sam Rockwell venceu o óscar de melhor actor secundário como era esperado, e deu um dos discursos mais divertidos da noite. Um reconhecimento muito merecido e que só peca por tardio daquilo que é o seu indiscutível talento e versatilidade. "Quando tinha 8 anos fui chamado ao gabinete do director da escola, e o meu pai estava lá com um ar pesaroso e disse 'temos que ir...é a avó...'. Quando íamos no carro perguntei ' o que é que se passa com a avó?', e ele respondeu 'nada, vamos ao cinema!', a partir desta história agradeceu a paixão dos pais pela 7ª arte e em como isso o influenciou positivamente, e nós agradecemos também por isso ter levado a tornar-se num actor deste calibre.
As performances musicais da noite relativas aos nomeados a melhor canção original foram doseadas no tempo e bem executadas, proporcionando bons momentos, mas o ponto mais alto nesse aspecto terá que ser atribuído à presença de Eddie Vedder, que cantou naquela que é uma das secções da noite mais emotivas e nostálgicas, a do "In Memoriam".
Entre todos os discursos neste ano, que talvez inspirados pela ideia do jet ski dada por Jimmy Kimmel no seu monólogo inicial me pareceram nalguns casos menos previsíveis do que o habitual, sem dúvida que o que teve mais impacto e repercussão foi o de Frances McDormand, vencedora do óscar de melhor actriz principal. A valorização da mulher e a inclusão foram os temas fortes, e no seu estilo muito próprio e adorado por todos os que a viam arrancou um momento que seguramente será recordado por muitos anos.
Por fim e inevitavelmente tenho que fazer menção ao vencedor do último e mais imprevisível prémio da noite: Melhor filme. "The Shape of Water" acabou por sair por cima, fundamentalmente por ser um filme mais consensual do que "Three Billboards Outside Ebbing, Missouri", não ficando propriamente na história como um dos filmes mais adorados pela academia. No geral arrecadou 4 óscares em 13 nomeações, destacando-se o regresso da junção de melhor realizador e melhor filme no mesmo ano.
O resultado da junção de 9 monólogos da obra "crimes exemplares" de Max Aub foi este, com confissões peculiares de personagens que no fundo... só queriam sossego, coitadas... https://www.facebook.com/antonysousa10/videos/vb.100000047167396/1201844059827155/?type=2&theater
Melancolia - Uma vida preenchida por mazelas, vestem este meu corpo, camuflado na dor, já me cobrem o espírito, estou entregue, estou cansada. Sombra - Nem sempre foi assim, escuro, frio, nem sempre estive retido nesta prisão que criei para mim. Para fugir do mundo, camuflar-me na dor, na expectativa de que olhem para ela e não para mim. Nem sempre fui assim, uma sombra. Já fui carne e osso, já tive cor, já sorri e até já parei por um arco-íris. Agora chove sempre à frente dos meus olhos. O pior é que nem sinto a água a escorrer-me pelo rosto. Alegria - A minha parte preferida do dia é acordar. Eu sei eu sei, é irritante a alegria desmedida de viver, mas não me importo, porque sou feliz. Quando vejo o que o dia tem para me oferecer, ou sou abraçada pelo sol ou sou aconchegada por uma nuvem. Os bons dias somos nós que os construímos, começa e acaba em nós. Eu olho para o mundo como um recreio infindável. Sei que não vou ter tempo para explorá-lo todo, mas todo o tempo que tiver será...
Comentários
Enviar um comentário