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"Matei-o" - Teatro

O resultado da junção de 9 monólogos da obra "crimes exemplares" de Max Aub foi este, com confissões peculiares de personagens que no fundo... só queriam sossego, coitadas... https://www.facebook.com/antonysousa10/videos/vb.100000047167396/1201844059827155/?type=2&theater

Oscars 2018 (Todos os vencedores e destaques)

https://www.nytimes.com/2018/03/04/arts/oscar-winners.html

E tudo começou com o monólogo do repetente Jimmy Kimmel, host da cerimónia das estatuetas douradas pelo 2º ano consecutivo. Inevitável será comparar as duas introduções estando separadas por tão pouco tempo, e nessa comparação talvez a de 2018 saia a perder por ter sido menos impactante. Em 2017 com várias alusões a Donald Trump e com o bonito momento da standing ovation a Meryl Streep (também em consequência de afirmações ridículas do actual presidente norte-americano), juntando ainda a eterna "guerra" a brincar com Matt Damon, o monólogo foi bastante sólido e bem conseguido. No passado domingo foi agradável, mas mais moderado, não havendo grande utilização cómica dos últimos acontecimentos tumultuosos em Hollywood, ao contrário do que sucedeu nos globos de ouro por exemplo, com Seth Meyers. 

A primeira categoria da noite trouxe consigo logo um dos highlights da noite, Sam Rockwell venceu o óscar de melhor actor secundário como era esperado, e deu um dos discursos mais divertidos da noite. Um reconhecimento muito merecido e que só peca por tardio daquilo que é o seu indiscutível talento e versatilidade. "Quando tinha 8 anos fui chamado ao gabinete do director da escola, e o meu pai estava lá com um ar pesaroso e disse 'temos que ir...é a avó...'. Quando íamos no carro perguntei ' o que é que se passa com a avó?', e ele respondeu 'nada, vamos ao cinema!', a partir desta história agradeceu a paixão dos pais pela 7ª arte e em como isso o influenciou positivamente, e nós agradecemos também por isso ter levado a tornar-se num actor deste calibre.

As performances musicais da noite relativas aos nomeados a melhor canção original foram doseadas no tempo e bem executadas, proporcionando bons momentos, mas o ponto mais alto nesse aspecto terá que ser atribuído à presença de Eddie Vedder, que cantou naquela que é uma das secções da noite mais emotivas e nostálgicas, a do "In Memoriam". 

Entre todos os discursos neste ano, que talvez inspirados pela ideia do jet ski dada por Jimmy Kimmel no seu monólogo inicial me pareceram nalguns casos menos previsíveis do que o habitual, sem dúvida que o que teve mais impacto e repercussão foi o de Frances McDormand, vencedora do óscar de melhor actriz principal. A valorização da mulher e a inclusão foram os temas fortes, e no seu estilo muito próprio e adorado por todos os que a viam arrancou um momento que seguramente será recordado por muitos anos.

Por fim e inevitavelmente tenho que fazer menção ao vencedor do último e mais imprevisível prémio da noite: Melhor filme. "The Shape of Water" acabou por sair por cima, fundamentalmente por ser um filme mais consensual do que "Three Billboards Outside Ebbing, Missouri", não ficando propriamente na história como um dos filmes mais adorados pela academia. No geral arrecadou 4 óscares em 13 nomeações, destacando-se o regresso da junção de melhor realizador e melhor filme no mesmo ano. 






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