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"Matei-o" - Teatro

O resultado da junção de 9 monólogos da obra "crimes exemplares" de Max Aub foi este, com confissões peculiares de personagens que no fundo... só queriam sossego, coitadas... https://www.facebook.com/antonysousa10/videos/vb.100000047167396/1201844059827155/?type=2&theater

10 Filmes que te podem ter escapado em 2015

Me and Earl and the Dying Girl - Adaptado pelo próprio autor do livro com o mesmo título, este filme foi indiscutivelmente uma das mais agradáveis surpresas de 2015! Apesar de lidar com um assunto delicado (e diga-se já muito visto) fá-lo com um humor particular sempre presente, pautado por presenças de classe de Nick Offerman (Parks and Recreation; We're the Millers) e Jon Bernthal (The Wold of Wall Street; Fury), envolvendo-nos rapidamente no enredo e com as personagens centrais. Personagens essas que tiveram em Thomas Mann, RJ Cyler e Olivia Cooke (Me, Earl and the Dying girl respectivamente) os actores ideais para representar as suas características e idiossincrasias.

The Irrational Man - A última criação de Woody Allen, e pela amostra o histórico cineasta ainda está para durar! Com um argumento que só poderia ter sido escrito por Mr. Allen, é uma comédia mais negra com contornos dramáticos. Joaquin Phoenix e Emma Stone são os protagonistas (difícil pedir melhor) e a inclusão de filosofia nos diálogos só acrescentou riqueza a um enredo que sofre reviravoltas com o decorrer do filme, que lhe incute factores de interesse até ao fim.

Pawn Sacrifice - Ter xadrez como tema para um filme não soa a algo muito entusiasmante para a maioria dos amantes da 7ª arte, mas aqui o xadrez é apenas um veículo para irmos de encontro à profundamente perturbada e genial mente de Bobby Fischer, um antigo campeão da modalidade que desafiou tudo e todos (em particular os soviéticos, que monopolizavam o jogo) e surpreendeu o mundo com duelos que ficaram para a história. Tobey Maguire é Bobby Fischer e é um dos que se pode considerar subvalorizado para esta época de prémios do cinema. Liev Schreiber e Peter Sarsgaard dão também performances sólidas.

The Road Within - Uma história feita de personagens peculiares este "The Road Within", com destaque para um rapaz com síndrome de Tourette, uma rapariga com anorexia, e um jovem obsessivo compulsivo que se junta a esta aventura com alguma resistência. Uma espécie de "road trip" improvisada e insólita, que junta bom humor com as dificuldades sociais que estas doenças provocam. Em última instância retrata a necessidade que todos sentimos de sermos em certa medida compreendidos perante as nossas idiossincrasias, e como a liberdade normalmente nos oferece mais garantias de aprendizagem e crescimento do que a restrição e excesso de regras.

X+Y A Brilliant Young Mind - "A Brilliant Young Mind" é resultado de um argumento de uma brilhante jovem mente (James Graham) que cria uma história profunda, complexa emocionalmente, e arrojada. Asa Butterfield (Hugo; Ender's Game) tem aqui um atestado de qualidade, retratando uma mente brilhante e anti-social na mesma proporção, não procurando cair no facilitismo de se tornar numa personagem que provoque pena e que nos faça estar sempre do seu lado. Sally Hawkins (Blue Jasmine; Paddington) é a mãe da mente brilhante e tem uma performance genuína e absolutamente credível na sua frustração nas constantes tentativas de compreender o seu filho. Aconselho vivamente!

Before We Go - "Before We Go" não é o mais convencional dos filmes, mas (e também por isso) é um romance interessante e bem realizado pelo estreante nessa função Chris Evans (Capitão América; Snowpiercer; What's Your Number) que a acumula com a de co-protagonista. A parelha romântica fica completa com a participação de Alice Eve (The Raven; She's Out of My League). O enredo não sofre saltos no tempo, acontecendo tudo numa noite, em que dois completos estranhos formam uma espécie de equipa para enfrentar os dilemas existenciais de ambos. A forma intimista como foi filmado, e a forma credível como a relação desta dupla cresce de intensidade e relevância com o passar da noite, fazem deste filme um dos romances mais merecedores de atenção de 2015.

Man Up - Indiscutivelmente o filme mais "light" desta lista, mas há espaço para vários estilos dentro do grupo de bons filmes. "Man Up" é uma comédia romântica, que me surpreendeu pela positiva sobretudo pela parte cómica bem escrita e interpretada pelos protagonistas Simon Pegg (Mission: Impossible; Star Trek; Hector and the Search for Happiness), Lake Bell (No Escape; In a World; Million Dolar Arm). A parte romântica contém o que se pode considerar usual dentro do género, mas também não defraudando nesse capítulo. A química e criatividade entre o par de actores que formam o casal central de uma história deste tipo normalmente são vitais para a apreciação final da mesma, e este é um bom exemplo de boas escolhas para esses papeis, não só individualmente para cada personagem, como na forma como se relacionam.

The End of the Tour - Um filme que facilmente terá passado despercebido no radar cinematográfico das grandes massas, mas é uma excelente exploração da solidão, amizade, depressão, e  impacto que um simples estranho pode ter na nossa vida. Jason Segel (How I Met Your Mother; Forgetting Sarah Marshall) tem aqui provavelmente a performance da sua carreira, sendo até um dos casos que se pode considerar como esquecido pelos grandes prémios referentes a 2015! Jesse Eisenberg (The Social Network; Now You See Me) retrata o jornalista que passou 5 dias com a personagem de Jason Segel para escrever um artigo para a revista "Rolling Stone" sobre o seu enorme sucesso literário de 1996, e o seu contributo é um pouco o de liderar as emoções que o instável David Foster Wallace (Jason Segel) sente ao longo do tempo que passam juntos, apercebendo-nos assim da complexidade da mente de alguém bastante próxima do genial.

Infinitely Polar Bear - Uma das actuações do ano está representada neste belo filme que terá passado despercebido a muita gente. Mark Ruffalo (nomeado para o globo de ouro também por este papel, além da sua participação em "Spotlight") encarna um doente bipolar que se vê numa situação em que tem que cuidar dos seus dois filhos, e faz de tudo para recuperar a sua mulher, interpretada por Zoe Saldana (Star Trek; Avatar; Guardians of the Galaxy). É um sólido bom filme, com uma história comovente e performances intensas. Mistura várias momentos de leveza e harmonia familiar muito peculiares, com outros de enorme tensão e drama.

Fathers and Daughters - E por falar em amor de pai, que melhor exemplo do que este "Fathers and Daughters" realizado pelo italiano Gabriele Muccino! Um enredo que viaja entre o passado e o presente da personagem de Amanda Seyfried (Mamma Mia; Les Miserables; Dear John), e liga as suas acções talvez mais discutíveis inicialmente com a cronologia dos momentos mais marcantes da sua infância, todas elas relacionadas com o seu pai, aqui interpretado pelo mais uma vez brilhante Russel Crowe. Aaron Paul (Breaking Bad) dá o seu contributo para esta história, preenchida por traumas, amor incondicional de pai para filha e filha para pai, e sobre como encontrar a cara metade pode ajudar a suportar a dor da perda, e fazer recuperar a capacidade de amar.

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