Saber quem sou é um
desafio. A resposta fácil seria dizer que sou normal, como qualquer outra
pessoa, e que o meu maior defeito é ser teimoso. Mas esse não sou eu, nem eu
gosto do que é fácil. Atrapalho-me com o fácil, passa a ser difícil. O
complicado disto é que saber-se quem não se é não entrega necessariamente a
resposta de quem se é. Mas é um começo. É simples agir em conformidade com o
que nos dizem, com o que é suposto, com o que “todos fazem”. Quantas vezes já
ouvimos alguém admitir sem aparente embaraço que só aprecia algo porque está na
moda? Eu contei 27… neste mês. Não é curioso que cada indivíduo é um só, tem
características únicas, tem condições para ser o melhor de si mesmo, e assim,
ser o melhor de uma maneira que mais ninguém poderá vir a ser, e no entanto, o
mais seguro continue a ser arrastar-se pela corrente mais populosa? O mundo é
estranho, tem tantos mistérios por desvendar, que nós os curiosos, ainda não
conseguimos resolver. Porque não ser-se estranho? Qual o mal de se ser
esquisito? Esquisito não tem de ser um freakshow, um anormal, ou anti-social.
Esquisito pode ser requintado, diferente, extraordinário. Então até aqui acho
que é isso que eu sou, esquisito/estranho. Que se fodam as linhas retas! Eu
ando em círculos, faço curvas e contra-curvas, e isso só na minha cabeça. Posso
espetar-me? Posso. Só prefiro derrapar em estilo único do que seguir uma
estrada onde todos se confundem uns com os outros.
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