Miragem à Venda
Sei que é uma caminhada
Não se trata de quem chega
Primeira à meta, segundo a manada
Não concordam com a ideia
Acham que acaba no meio da estrada
Tudo uma questão de nada receio
Ilusão emoldurada em sociedade
Imagem espalhada em pleno
Deserto, bolsos de areia
Miragens, a mente em apneia
Os tempos são de implacável
Indiferença, corpos com sede
Não sei se há alguém disposto
A ouvir algo diferente
É mais fácil alimentar o monstro
De várias cabeças nenhuma que pense
Mecanizadas num encontro
Entre o oco e o intento
De produzir mais que um posto
Para o que nada acrescenta
Neste deserto, bolsos de areia
Miragens, a mente em apneia
Os tempos são de implacável
Indiferença, corpos com sede
Está tudo à venda
Mas ainda há
Crença e esperança
Enquanto continuarem
As mentes a inventar
Formas de lutar
A favor da criatividade
Isso ninguém pode comprar.
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