O despertar do fiel lutador
Abrir
os olhos foi um desafio maior do que o normal. Parecia que tinha o peso do
corpo nas pálpebras, e que não tinha nada mais para mexer. Conseguia ouvir
pequenas vozes a cochichar, mesmo abaixo da minha cabeça. Não como se me estivessem
a sussurrar ao ouvido, mas sim pequenos seres a confraternizar no mínimo espaço
entre o meu cabelo e o chão. Imediatamente senti o cheiro a mar, mas não sentia
estar próximo de um. As minhas narinas dilatavam inspirando o aroma de baunilha
e coco, os meus preferidos. Contudo sentia o prazer que eles me davam a
desvanecer a grande velocidade, o que me apercebi que acontecia
consecutivamente, causando uma sensação de frustração. Durante uns 10 minutos
combati contra mim mesmo, até finalmente reconhecer cores e ter a certeza de
que as retinas ainda captavam alguma coisa.
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