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"Matei-o" - Teatro

O resultado da junção de 9 monólogos da obra "crimes exemplares" de Max Aub foi este, com confissões peculiares de personagens que no fundo... só queriam sossego, coitadas... https://www.facebook.com/antonysousa10/videos/vb.100000047167396/1201844059827155/?type=2&theater

Liberdade

Às vezes parece inconsequente
Escrever estas linhas que me percorrem
Palavras, conteúdo das minhas veias
Sangue que circula nesta mente
A voz permanente, não consente
Sair desta jaula, com grades nos olhos
Respirar liberdade vira utopia
E a única via é rasgar os dias
Um por um de cada vez
Chegar ao tutano das dúvidas
E sugar o veneno dos medos
Cuspir a sombra que me sufoca
Me cobre a forma, não sobra
Nada de mim, ao que vim
Mas sempre que digo que sim
Mais a voz se apaga, acaba
Por ser irónico que quanto mais
Ela se cala, mais a minha exalta
A sua marca, talvez branca
Às vezes ainda parca
Em palavras, conteúdo destas veias
Mas cada vez mais canta
Ao ritmo da viagem das ideias
Vaivém de quem acorda
No meio entre a coragem
E a loucura selvagem
De não procurar sentido
No que alcança o riso
Por que razão haveria de censurar isto?
Está visto que são as linhas que me percorrem
Sangue que circula na mente
Dá voltas e voltas infinitamente
Rotundas de pensamentos
Não há stop em nenhum momento
O meu mundo tem todos os continentes
Juntos, unidos para dar voz
Que chegue até aos indiferentes
Mas no fundo o que importa
Não é o que toca na superfície deles
Mas que se respire liberdade dentro de nós.

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