Eu quero tanto…
De braços abertos
A receber as balas
Feridas que cobrem
Este corpo sem apoios
As pernas fraquejam
Os pulmões praguejam
Esta merda é de mais
Para um só é pouco
Caminhar sem os muitos
Que me aconchegam as costas
E dizem que se importam
Se o fundo tivesse verdade
Nunca fechavam as portas
Nunca paravam de bater na minha
À procura de respostas
Em busca de perceber
Logo pela superfície
Se algo poderiam oferecer
Para serem diferentes dos outros
Eu quero tanto…
De coração aberto
Ao relento e sem medo
De dizer o que penso
Que a rua da vida
É demasiado escura
Para esperar pelo momento
Em que tudo se junta
Para ser perfeito falar
Ou dar um simples apoio
Eu gosto tanto…
Quando paramos de pensar em nós
Por uns momentos, até a sós no nosso quarto
E entendemos que sozinhos somos nada
E tudo o que temos de fazer
Para passarmos a merecer mais
É mostrar com um único gesto
Que acreditamos nos que nos são leais
Estou cansado e só quero
cair...
Numa cama de braços a sorrir.
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