Porque não?

Acordo a acreditar
Deito-me a questionar
Mas não paro de tentar
No entretanto
Entre as páginas
Deitado canto:
"Porque não?"

Sempre que sobes
Vozes se exaltam
Quando desces
Acenam-te de cima
Logo se aprontam
A fazer crescer
Os desproporcionais egos
Com o que sugam do teu

Mas no fim de cada dia
Mesmo quando pintado
De cinzento, eu pergunto:
"Porque não?"
"Porque não eu?"
"Porque não?"
"Porque não eu desta vez?!"