Segredos gritam pelo esconderijo dos dias que gelam Berros que só ouve quem os sussurra no silêncio Numa conversa com demónios ouvi ao ouvido: "Desiste, esquece, esconde-te, foge, corre, não pertences..." Entre dentes, com medo das vozes presentes Fiquei, empurrei cada palavra de olhos fechados E agarrei de dentro os ecos de cada silêncio passado Disse: "Já conheci o fim do mundo, perdi a conta às vezes Em que o mundo acenou ao meu fim, não tenho nada a perder A ideia do ideal é postiça, por isso, enterrem-me se quiserem Mas resisto, recordo, dispo-me, fico, corro... para onde pertenço" Oco o lamento mergulha no pântano das palavras perdidas Saio do esconderijo e pinto a imensidão do branco com letras Alento encontrado no caos dos pensamentos, desordem das memórias Na tinta de uma caneta, surgem histórias, que abraçam todas as vozes Aceitam qualquer demónio, anjos camuflados, enigmas por decifrar O que não sai pelo corpo, escrevo através da alma E d...