Sem Rede
E se por uma vez não
Soubéssemos o que sabemos
Sim, parece um retrocesso
Mas talvez nos fizesse
Pensar menos, conhecermo-nos
Na travessia entre dois prédios
Sem rede, só uma linha que nos segura
Pelos pés, passos em frente sem medos
Pelo menos o tempo cura
Ampara a queda mais profunda
Já o medo não abre asas
Termina o livro antes da primeira página
E se por uma vez nós
Saíssemos de olhos vendados
Sim, não vale espreitar
Talvez assim nos encontrássemos
Nos arredores da cidade
Dos tresloucados, nos corredores
Da sorte, a ideia pode soar perigosa
Mas desta vez não volto atrás
Pelo menos o tempo cura
Ampara a queda mais profunda
Já o medo não abre asas
Termina o livro antes da primeira página
Cada dia é um improviso do destino
O resultado fidedigno
Da junção de linhas que traçamos
O desenho estará uma confusão
Provavelmente, se por uma vez
Perdermos a noção do consciente
Ganhamos um botão na mente
Prime-o quando te quiseres conhecer.
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