Silêncio Rasgado

Horas ocultas
Ao olhar mundano
Estas são as horas
Passadas afundado
Em sonhos triviais
A menos que sejas
Uma criatura nocturna
Atenta aos sinais

Vermelho, avanço
Amarelo, acelero
Verde, espero
Pelas regras ausentes
Estou presente e tento
Fugir dos eixos

É desta..
Desta vez
Desta vez eu..
É desta que rasgo

O silêncio de vez...

Madrugadas profundas
Cavadas à cabeçada
Entre palavras por escrever
Que ficaram por dizer
Onde há lugar
Para o que tenho em mente
Sedento pela oportunidade
Mais uma que invento

É desta...
Desta vez
Desta vez sou eu...
É desta que rasgo

O silêncio de vez...

A preto e branco
Cubículo sem saída
Um grito sufocado
Para ouvidos quadrados

Espero,
Pelas ausências
Acelero,
Para que não me canse
Avanço,
Longe da dormência.