Barulho de fundo
Onde há fogo há fumo
Fogo posto pelas tochas
Humanas, com o fumo
Nos olhos, ensurdecedor
O furtivo desejo de expor
Efémeras ilusões
Não chega a ser magia
Partiam do princípio
Que no final de contas
Contava mais o que parecia
Sem ser preciso ser
Ocupam o espaço todo
Obesidade compulsiva
De protagonismo obsceno
Têm o rei, a rainha e o tabuleiro
Inteiro na barriga
Falta o preenchimento
Aquela parte do pensamento
Menos vazia que uma ilha
Deserta, a criatividade
Inspirada em ruído
Rugindo para se ouvir
Incerta, a qualidade
Para já mantenho o silêncio
Rasgado será a seu tempo
Sucesso a sério não se apressa
Acontece no momento certo.
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