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A mostrar mensagens de setembro, 2014

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"Matei-o" - Teatro

O resultado da junção de 9 monólogos da obra "crimes exemplares" de Max Aub foi este, com confissões peculiares de personagens que no fundo... só queriam sossego, coitadas... https://www.facebook.com/antonysousa10/videos/vb.100000047167396/1201844059827155/?type=2&theater

I see you

Chasing eyes, against the tide Raise your hands, fucking high Feel the breeze, energy increases On the mirror of your soul I see, you looking Away, why is that? I’m right here Don’t you see? Embracing lies, against my mind Run in this land, fucking fly Bleed your feet, where the soul lives Is where I wanna go Look at me Once, now There’s no next time Can’t you see? Can’t you believe? Are you afraid? Just look at me I promise you peace Look at my mirror You’ll see part of you Our souls are playing I see it, that’s why I sing this.

A imensidão do nada

Logo percebi que ia meter-me na maior confusão mental da história da minha existência. Não foram precisas muitas semanas. A velocidade com que me atingiu desafia a luz. A mesma luz que desaparece quando o nada vem. A Matilde fala, a Maria desfila de um lado para o outro em busca de atenção, o Sérgio repete as mesmas coisas para garantir que não arrisca nada, o Pedro graceja sobre mais uma conquista… estou ciente de tudo, só estou é mais presente no nada. Não escolhi que fosse assim. Dizem que os relâmpagos não caem no mesmo sítio duas vezes, mas eu sou a prova de que caem várias. O pior é que queria que caíssem mais, muitas mais vezes. O intervalo entre um e o próximo é vaguear pelo nada enquanto tudo mexe e todos vivem. Mal ou bem lá vivem. Eu não. Nesses pedaços infinitos de tempo só existo porque tem de ser, senão não sou atingido outra vez.

O que sobra de ti

Vende a voz num murmúrio gritante de desespero Acrescenta às palavras recônditas e íntimas que te esqueceste  Vende tudo... liberta o escravo As passagens que te governam a mente Têm um e um só protagonista Tu e o que sobra de ti, tanto na frente como no verso Mas quem se julga o centro do Universo...não tem Universo Compra a alma no mercado negro do inferno Está reservado o teu lugar... ou o que sobra de ti Compras peças e continuas vazio Num armário vagabundo, recolhes as recordações Lembranças vivas de um mundo que passou por ti, mas nem o viste O teu mundo era outro... agora diz-me o que sobra dele.

E se te acabassem os "ses"

E se caísses nas mãos da perfeição E se assim preferisses o imperfeito Será que descias à terra? Será que paravas esta guerra? E se tropeçasses nos braços errados E se eles sentissem como os certos Será que depressa te libertavas? Será que te magoavas? Voa para o desconhecido, comigo O tempo indica o caminho E se te acabassem os ses Será que dirias: porque não? E se te acabassem os "ses" E se te acabassem os "ses"...

Excepção

Um dia sem te rires é uma merda, é inegável. É absolutamente impossível que um dia que passe sem que mereça a tua gargalhada, mereça ser considerado um bom dia. Não dá. Podes ter tido um bom dia de trabalho, não ter havido nenhuma chatice, não teres passado por nenhum momento de stress, o que quiseres. Se não te riste uma vez sequer, algo de muito errado se passou nesse dia. Falta uma peça tão grande e importante que no final desse dia só te podes sentir vazio. Ora se num desses dias alguém te surpreende e te faz rir até cair, sem pedir nada em troca… se calhar é alguém que devias valorizar e tentar preservar do teu lado, porque é alguém que acaba de, no mínimo dos mínimos, evitar que o teu dia seja uma merda. De quantas pessoas podes tu dizer isso? Quantas pessoas têm esse efeito em ti? Todos queremos o mesmo… ser felizes e partilharmos essa felicidade para a prolongar e multiplicar. Tu sabes com quem te sentes feliz? Ou ainda procuras saber qual o amor que mereces?

A imensidão do nada

Aquele riso é tão mágico. Um truque de ilusionismo com banda sonora singular a cada vez que é mostrado. Tão belo, tão contagiante. É um símbolo do que a vida deve ser.  Há dias em que é difícil amar a vida, seja por uma rasteira, uma alfinetada, ou simplesmente porque sim. E em dias desses, uma gargalhada sentida como aquela, pode resgatar a minha vontade de amar.

Esta história não é para meninos

MÃE O que sempre quis é o que qualquer mãe quer, que estejas bem como aparentas estar. Sempre estive de pé atrás para que escrevesses porque vi e vivi de perto como sofreste da primeira vez que não correu bem. Só não queria isso para ti, sofrimento. Não há nada pior que sonhos destroçados. Sonhos destroçados várias vezes então… O teu pai estaria orgulhoso de ti. Eu estou orgulhosa de ti filho. (Dá-lhe um beijo na testa) SANTIAGO   Obrigado mãe. Por tudo. É só disto que eu preciso para estar bem. (Abraçam-se, com a mãe a lacrimejar)

Esta história não é para meninos

Na sua hora de almoço, Santiago sai para comer num local onde haja pouca gente, sente dores de cabeça e quer que tudo o que aconteça naquele dia passe rápido. Santiago senta-se ao balcão de um café. EMPREGADO -  Boa tarde amigo, o que vai ser hoje? SANTIAGO -  Um feijão mágico que passe este dia à frente. EMPREGADO -  ( Dá uma discreta gargalhada ) Há dias que são como cães perdidos não é amigo? SANTIAGO -  ( algo intrigado com a expressão usada pelo empregado, e ao mesmo tempo agradavelmente surpreendido ) Na verdade… não diria melhor. Talvez por estar a ter um dia desses.

Este grupo não é p'ra meninos!

Silêncio rasgado

- Já fui atropelado pelo amor, esmagado pela esperança, derrubado pelas expectativas, e até empurrado por maldade. Mas ainda assim estou de pé... porque fui abençoado pela amizade. - Isso é do poeta... - Qual poeta! Com o coração cheio até eu consigo olhar para o mundo pelos olhos de um artista.

Silêncio rasgado

Estou cheio de dúvidas... mas uma coisa sei por certo. Se caíres, se fores empurrada pela vida, não deixarei que atinjas o chão em cheio. Irei segurar-te suavemente pelas costas, até te deitares. E deixarei uma mão estendida, para quando estiveres pronta para te levantares.

Sangue teu

Nos teus braços eu era grande  Mesmo miúdo, num abraço maior que o mundo  Devo-te tanto, dizer o contrário seria insano  Sempre presente, o passado não mente  E agora que sou maior  P'ra ser grande falta-me ser pequeno nos teus braços  Mais uma vez, não pela última vez  Refazer o laço, sem a desarrumação dos porquês  Postura estóica, parco em palavras  Por entre portas, olhares tortos  Estou farto, qual é o espanto?!  Até o canto, não sou merda, nem sou santo  Sou sangue que viaja pelo mapa do meu corpo   Talvez o reconheças, talvez o percebas  Pelo caminho apercebo-me de quem sou  Mais tu, porque és grande e sinto-me a crescer  Mais eu, porque quero ser, quero fazer  Tudo o que quiser que me fizer bem  Pode não ser o infinito e mais além  Mas que te assegure, te orgulhe  Que criaste um filho para vencer.

Anchor

There's a place in my head, which taught me an important lesson, Don't give up of this game, Don't give up of your present You built a shelter in my heart, And I promise you it will never fall down, 'Cause friends are forever, and forever seems short, I will find you, when you're lost, whenever you need to be found While the world's keep rolling, You remain shouting from the inside out, But it only sounds like a whisper, 'cause of your proud, You push me far away, but I'll not watch you crawling You built a shelter in my heart, And I promise you it will never fall down, 'Cause friends are forever, and forever seems short, I will find you when you're lost, whenever you need to be found Now is the reverse of the medal, I'm crawling, I'm falling, My shoulders are so heavy,my eyes are like an unlit candle, I scream it...but only I can hear it, I'm looking back to my words, facing what's

This is fun

Whistles and whispers Soundtrack from an unique film Starring me and you Who cares ‘bout the end? The ride is the best It’s the only one Glad you’re around In my life, in this movie We can curse, be rebels Mold some rules Build a fort, look at the stars This is fun, let’s get lost Based on a true story That’s what’s gonna be We’ll be remembered For being real special We’re heading for an oscar here I’m serious, we may win ‘Cause we’re having so much fun How can we not? This is for us Romance, fiction, suspense, Action, drama, horror, comedy Oh the laughs… this is fun That’s what living is.

Excepção

A busca pelo som de um “tenho orgulho em ti” espontâneo, pode enlouquecer o mais sano dos exploradores. Luta desordeira na mente preenchida de razões e vontades de fazer quem amamos sorrir, rir, chorar de alegria, por meio de uma acção realizada por nós. Não fui ao dicionário, porque sei que o que descreve a palavra “orgulho” não é isto. Mas podia ser, no meu mundo é. No mundo em que tenho dias maus e bons, mas onde nunca falta vontade de viver, necessidade de criar, só para acrescentar um pouco mais de orgulho. Só mais um bocadinho… só mais um sorriso, uma gargalhada, uma lágrima enfeitiçada aos meus. Só assim serei eu por completo, aceitando corpo e alma como quero que sejam. Um catalisador de vida.

Silêncio rasgado

- Às vezes…. (ri-se), isto soa ridículo mas, às vezes o mundo parece-me demasiado pequeno. Às vezes não há espaço para falarmos o que queremos. Mesmo aquilo que queremos dizer, no momento em que o queremos dizer. Mas acho que, enfim, esse mundo é o que está na nossa cabeça. Aquele que nos faz agir ou ficar a pensar no que poderia ter sido se agíssemos. - Eu percebo o que queres dizer. A sério! O meu mundo não é tão grande como gostaria. Tenho essa sensação de vez em quando. - O que é que ficou por dizer? - Ui.. tanta coisa que parece que se multiplica só de pensar nisso. - (esboça um sorriso) E multiplica! Porque neste momento queremos dizer alguma coisa e esquecemo-nos que o que nos lembramos não sai necessariamente pela boca em forma de som. - Ás vezes... sai pela forma do nosso olhar...

Invisível

Rasga o tecido de uma vez Da minha pele, não te serve Queima as tuas respostas Invisíveis… não vou à procura Das cinzas, das mentiras Quem queres que seja desta vez? O homem invisível Que aparece quando bem te convém O ombro está de partida Que te parece? Vais viver sem… Esmaga o peito talvez Desfaz o céu, explode o portão Do paraíso das trevas Escondidas… mas não fogem Não quero saber, já não procuro Quem te vai iluminar o que sentes? O fundo da minha mente Tem novas imagens De mim a surfar uma nuvem A brincar na tempestade Quem não sabe o que tem Não sabe o que é Como esse umbigo é grande Foste engolida, como queres que te veja?

A imensidão do nada

Quando vejo uma tempestade a chegar, é quando o meu olhar brilha como o mar quando é beijado pelo sol. É a sensação masoquista de querer chuva ácida que corrói a alma. Mas os relâmpagos dão sentido à alma, e se a tenho ou não é indiferente nos períodos de nada. Portanto quero ser corroído. Dói, abre feridas, mas só porque deixa de cair por tempo sempre indefinido. E pelas feridas que ficam é sempre onde entra a luz do relâmpago. E estou curado, mesmo no momento em que sou atingido.

Excepção

O mundo é estranho, tem tantos mistérios por desvendar, que nós os curiosos, ainda não conseguimos resolver. Porque não ser-se estranho? Qual o mal de se ser esquisito? Esquisito não tem de ser uma aberração, um anormal, ou anti-social. Esquisito pode ser requintado, diferente, extraordinário. Então até aqui acho que é isso que eu sou, esquisito/estranho. Que se fodam as linhas rectas! Eu ando em círculos, faço curvas e contra-curvas, e isso só na minha cabeça. Posso espetar-me? Posso. Só prefiro derrapar em estilo único do que seguir uma estrada onde todos se confundem uns com os outros.

Hoje

Murmura sentimentos de dor O espaço que separa o amor Contrasta com a paisagem verde e viva O inverno é todo o ano, a angústia que fica E vai, enquanto procuro os meus olhos nos teus É obscuro, o trajecto incomensurável de porquês Perfura o que já não tem fundo Porque no fundo… estamos tu e eu Murmura o meu nome num sonho Acorda, e vive como sonhas Como num filme de ficção científica Por favor, escreve um final bem real Extravasa o melhor que há em ti Extravasa o melhor que houve em nós Põe no presente o verbo amar como convém Porque amanhã é o nosso futuro ontem Vive hoje, sonha hoje, realiza hoje Não esqueças o ontem,  Juntar-nos-emos amanhã E amamos hoje…

Lar doce lar

A noite é a nossa casa A lua o nosso tecto Não fujas, não saias Sem ti é só mais uma noite Por ti as estrelas Parecem não chegar Para onde quer que vá Não sinto o chão Flutuo na escuridão Sem-abrigo, sem lua Não há noite que não acabe Comigo a imaginar As linhas do teu pensamento Se cruzam com os meus Não podes negar Que não há casa como a nossa A noite cheia de recordações Sob a lua brilhante, lar doce lar Oh lar… tão doce ao luar.