Nos teus braços eu era grande
Mesmo miúdo, num abraço maior que o mundo
Devo-te tanto, dizer o contrário seria insano
Sempre presente, o passado não mente
E agora que sou maior
P'ra ser grande falta-me ser pequeno nos teus braços
Mais uma vez, não pela última vez
Refazer o laço, sem a desarrumação dos porquês
Postura estóica, parco em palavras
Por entre portas, olhares tortos
Estou farto, qual é o espanto?!
Até o canto, não sou merda, nem sou santo
Sou sangue que viaja pelo mapa do meu corpo
Talvez o reconheças, talvez o percebas
Pelo caminho apercebo-me de quem sou
Mais tu, porque és grande e sinto-me a crescer
Mais eu, porque quero ser, quero fazer
Tudo o que quiser que me fizer bem
Pode não ser o infinito e mais além
Mas que te assegure, te orgulhe
Que criaste um filho para vencer.
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