Cinema

Olá Cinema! Há quem diga que já passaste por melhores dias, mas prefiro dizer que os meus dias são melhores quando são passados contigo. Com um quarto de século em cima posso abertamente afirmar que se guardo ainda uma saudável dose da criança que fui e da sua imaginação e habilidade para sonhar, devo-o em boa parte a ti. Desde cedo aprendi a não categorizar tudo, a colar rótulos às coisas e dessa forma criar juízos de valor predefinidos da qualidade sobre as mesmas, portanto como consequência nenhum género foi negligenciado, mesmo o de terror bem antes de chegar à primeira década de existência. Até porque é uma sensação com extra de satisfação quando algo nos atinge, mexe connosco quando não estávamos à espera. Começamos a ver no que vai dar, e acabamos rendidos... tão bom! Também posso dizer com propriedade que mudaste a minha vida. Continuas a fazê-lo aliás, porque sempre que uma cena que seja de um filme chega até aquela parte do nosso cérebro que sente a fricção e cria uma faísca em nós, que pode muito bem tornar-se na chama que aquece o caminho para o sentido da nossa existência naquele dia, sabemos que não é um dia para sermos medíocres. E se formos gratos o suficiente, agradecemos por esse não ser um dia medíocre. A nossa vida é composta por dias, milhares deles esperamos nós, por isso sim, o cinema é parte integrante do que faz a perspectiva de estar vivo algo belo, demasiado bom para não aproveitarmos para viver. 


 Cinema é arte, a 7ª, e ainda assim a 1ª em muitos corações. Uma forma de expressão artística que dá as mãos a outras sem as quais não seríamos quem somos, como música, fotografia, literatura, poesia, dança. Filmes são marcas eternas no nosso sótão das memórias, influências, referências, portais para outras dimensões, muito além das 3 que os óculos nos proporcionam. Essas histórias que conseguem literalmente alterar o curso do dia de uma pessoa para algo mais brilhante são o combustível para as nossas mentes continuarem insaciáveis por evolução, crescimento, conhecimento, e motivação. Seja para sonhar, imaginar, confrontar a dura realidade, chorar, rir às gargalhadas, sorrir, pensar, aprender, cinema é um companheiro, um fiel companheiro a quem recorro sempre que possível, porque mesmo quando não é representado no seu máximo esplendor, num enredo que seja menos bom por exemplo, consigo sempre retirar algo de positivo e útil. Um velho amigo que está destinado a inspirar-me até ao fim dos meus dias.


Ora então Obrigado cinema, e obrigado a todos os que contribuem para o cinema no mundo!