Silêncio Ensurdecedor
Farto desta merda
Não quero saber se é bom
Não quero saber se é poema
Se varia o tema
Ou se o disco riscou
Não há terreno sólido
Por perto, só o tecto
Com vista para o inferno
O silêncio não se cala
Na sua gritaria escudada
É a puta da arma carregada
Contra a cabeça inflamada
As chamas já se alastram
Malignas, agarradas
A todas as palavras
Que se fecham, escondem as chaves
Algures dentro de mim
No meio de nenhures
Há mundos por descobrir
No fim, no fundo
É raspar até encontrar
Água, para afogar o lixo
E voltar a respirar
Abrir o livro
Porque o silêncio não se cala
Este silêncio não se cala...
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