Esta história não é para meninos

E se eu nunca parasse de escrever? Se não houvesse lugar a descanso, só houvesse tempo para criar tempo de escrita. O que diria a mais exausta das mentes?

Seria mais sincera, mais alheia à auto-consciência tantas vezes mutiladora de verdades? Eventualmente menos preguiçosa. Provavelmente menos preocupada. Seguramente mais pura. Santa paciência para a auto-consciência! Pede-se um pouco de inconsciência, talvez ingenuidade, para se abrirem as mentes e deixarem os corações dialogar por uns instantes. Quem sabe... quem sabe as consciências não aprendem uma lição, e passam a desfrutar mais e a calcular menos. Calculo que seja difícil, (ora aí está ela bem presente) mas sinto que o que há a ganhar a subtrair à dificuldade resulta na convicção de que vale a pena tentar. Um passo todos os dias, na direcção da liberdade de sermos nós.