Não há como resistir
Não há estatística que resista
Com aqueles olhos
A probabilidade é tão baixa
De perde-los de vista
E tão grande, de sonhar com os contornos
Rasgados, como fiz com todas as páginas
Que não acompanhavam a pureza
Na beleza, de um olhar que te fala
Serás, ses e porquês
Vocabulário provável
Do próximo verso
Se não conheces ainda
Será que deves falar?
Porque normalmente
Não há estatística que resista
A algo sincero dito por um estranho
E se não entranha
Mais estranho fica, provavelmente
Persiste o entrave, afastado
Da possibilidade de conhecer
Desta vez fecho os olhos
Esqueço os especialistas
Estatística não irá travar
A vontade de conhecer
Provavelmente de perder
Mais um fragmento de vergonha
Auto-consciência do ego
Que em cobardia se esconde do provável
Não, desta vez fecho os olhos
E vejo o que quero
Não há estatística que resista
A um olhar rasgado, verde e raro
Por isso arrisco
Que mais estranho fique.
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